Agora que eu estava de uma vez por todas a tentar reconquistar a minha querida ex-namorada tinha que fazer algumas alterações na minha vida. No mínimo não fazer aquela triste figura de me fingir surpreendido e clamar que me roubaram a carteira quando não tinha dinheiro para pagar a conta.
Por isso pensei em escrever um livro já que hoje em dia apercebi-me de quanto se ganha dinheiro a escrever. Comecei a escrever o meu primeiro título esperando ter tanto sucesso como o Harry Potter que é um rapaz que escreve umas histórias muito engraçadas apesar de ser muito novo e usar lentes graduadas. E assim comecei
Acordei e olhei para o meu relógio Sony ICF-C713 e reparei que já passava das duas da tarde. Ajeitei as minhas cuecas Throttleman e fui directo à casa de banho. Enquanto abria a torneira Roca e molhava a cara veio-me ao pensamento o que teria feito. Que dia era hoje? Não tinha lembranças dos últimos dias, e digo últimos dias pois nem com a minha Wilkinson Sword Quattro conseguia fazer a barba decentemente por mais que lhe juntasse Gillette Complete Skin Care. Tentava avivar a memória deitando-me na minha banheira de hidromassagem Zenit Relax, da System-Pool Porcelanosa com jactos de água e ar, e enquanto me corriam pelo rosto os suaves pingos da água do SMAS com uma esponja de banho pré-ensaboadas da D-mail recordava-me dos últimos momentos que tive consciência.
Recordo-me de ter ido jantar à Bica do Sapato e ter entrado no meu Mercedes SLK 200 Kompressor e passar por diversos sítios que de tanto cheios que estavam tive de aumentar o volume da aparalhagem Pioneer DEH-P1600R com 4x45W. Soube-me bem ouvir musica ao som da batida do meu subwoofer Sony XS-L121P5. O ar fresco invadia-me o rosto e permitia que não sentisse o cheiro a baunilha do Ambi Pur que me enjoava sobremaneira.
Estacionei e vi que no meu Ómega Constellation Double Eagle Chronometer marcavam 20.00h em ponto, era uma boa hora para uma refeição. Sendo um cliente habitual levaram-me à mesma mesa que sempre costumo comer.
Enquanto discretamente e como era ritual bebia o meu Bacardi aproximou-se de mim uma mulher deslumbrantemente vestida com um vestido Emanuel Ungaro.
- Posso-me sentar consigo? É que a pessoa que eu esperava ficou retida numa exposição na Galeria Pedro Serrenho e detesto comer sozinha. Não está à espera de ninguém?
Não que já não estivesse habituado a que viessem ter comigo, até porque a passagem pela Corporatión Dermoestética tinha-me acentuado o meu charme natural, mas nunca alguém como esta mulher que salientava no rosto algo que eu reconhecia com uma base de maquilhagem da Helena Rubinstein. Via-se que era uma mulher que sabia o que queria. Apesar de gostar de comer sozinho desfrutando todos os prazeres que a solidão pode oferecer a um homem, anui com a cabeça. Ela sentou-se e senti um cheiro suave de Allure da Chanel.
Não disse palavra durante palavra durante algum tempo mas a visão da beleza dela faziam os meus talheres Cutipol baterem nos pratos da Spal produzindo um som que a mim pareciam os carrilhões de Mafra.
Toca o telefone, nervosamente tira o Nokia 7270 e fala num tom monocórdico do qual não percebi uma palavra. Levanta-se de repente, pede desculpa por afinal não poder ficar a jantar e sai apressadamente ficando eu a olhar para o copo de champagne Laurent Perrier Rose que continuava a borbulhar-lhe no copo. Senti-me confuso e mais confuso fiquei quando reparo que tinha deixado a mala Prada pendurada na cadeira. Não querendo parecer indiscreto preparava-me para agarrar na mala e dá-la ao empregado quando olho e vejo uma reluzente Smith & Wesson .38 S&W Special +P. O que faria uma mulher com uma arma destas?"
(continua)
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